quinta-feira, 2 de julho de 2015

UM VERÃO QUENTE E A EUROPA A "ESCALDAR"...


O verão chegou bem quente, e promete não arrefecer.
Também na Europa, mas de uma outra maneira, o “ambiente” tem aquecido, com a completa descoordenação na forma como estão a ser conduzidas as negociações para debater e resolver a caótica situação grega.
O mesmo acontece com a questão dos refugiados da Síria e da Eritreia, onde os nossos líderes europeus tiveram dificuldade em chegar a um entendimento, o que comprova a sua mediocridade, falta de responsabilidade e solidariedade. Isto parece um filme de terror, pois, quando pensamos que as facadas já terminaram, aparecem motosserras e foices a provocar ainda mais danos.
Já por terras lusas, as últimas sondagens vão indicando que o PS e a coligação PSD-CDS estão distantes de uma maioria absoluta. É um sinal que inquieta, sobretudo, António Costa.
Os resultados das sondagens acabam por ser surpreendentes, depois de se ter tido conhecimento do credível plano macroeconómico lançado pelo maior partido da oposição, e que se afigura como uma verdadeira alternativa.
No entanto, António Costa tem “duas pedras no sapato”: Sócrates, por razões óbvias (e agora vamos imaginar o que acontecerá se o “animal feroz” sair da cadeia, no mês de Setembro), e o Syriza (algumas pessoas olham para o que está a acontecer na Grécia e preferem não correr “riscos” com mudanças. Contudo, a verdade é só uma, pois os “Syriza lusos” são o PCP, BE e Livre/Tempo de Avançar).
Para as próximas eleições presidenciais, enquanto Rui Rio e Marcelo Rebelo de Sousa decidem quem avança, Sampaio da Nóvoa, Henrique Neto e Paulo Morais já andam no terreno, virando-se para tudo o que mexe. São pouco conhecidos e o trabalho será, por isso, árduo!
O que já deu para verificar foi que, alguns candidatos gostam de "dar tiros nos pés", e, por muitos quilómetros que façam, “não há marketeer nenhum no mundo que consiga transformar uma lata de atum num ramo de flores”, como disse António Cunha Vaz.
Voltando ao PS, António Costa optou, e muito bem, por não revelar prematuramente o candidato que o partido irá apoiar.
No entanto, é óbvio que, a partir do momento que Guterres e Vitorino não estão disponíveis para uma candidatura, só existe um caminho possível, e que passa por apoiar Sampaio da Nóvoa, mesmo sabendo que, provavelmente, este não é um candidato que consiga cativar vários socialistas.
            Lá mais para a frente, voltarei a este tema.

Comentário político na "Rádio Alto Ave", e jornais "Geresão" e "Notícias de Vieira" (30/06/2015).