segunda-feira, 21 de março de 2016

DEZ ANOS DO CAVA, COM CIDADANIA, IGUALDADE E CULTURA


Ao contrário do que é habitual, vou concentrar-me num movimento que tem sido um dos pilares da minha vida: o CAVA – Clube Amigos de Vieira.
Após um passado que nos ligou a várias colectividades, um grupo de jovens amigos sentiu que um projecto poderia nascer, em Vieira do Minho.
Vou ao baú! Numa madrugada regada com o néctar dos deuses, no dia de 4 de Dezembro de 2005, nasceu o CAVA. Muito mais poderia anotar, em relação a este dia, mas fica para os que estiveram presentes.
Embarcamos no mesmo sonho, afinados pelo mesmo diapasão. E a maior parte dos directores, que estiveram presentes na constituição da Associação, ainda se mantêm.
Com 21 anos, comecei a liderar um grupo de amigos que tinha como missão inicial: organizar actividades culturais, sociais e desportivas.
Tendo por base um provérbio chinês, admito que ninguém nos deu o peixe, mas sim a cana e ensinaram-nos a pescar. A todas as pessoas que contribuíram para a oferta da cana, o nosso muito obrigado. As conquistas da Associação também são vossas.
Nas Conferências CAVA, oito já obtiveram o Alto Patrocínio do Presidente da República, e, como oradores, já tivemos, por exemplo, o ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, e o actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (evento este que “ficará gravado nos anais da nossa história”, como apontou um dos presentes na conferência).
Sabendo da importância da prática desportiva como agente inclusivo, tivemos duas apostas inovadoras, no concelho de Vieira do Minho: federamos uma equipa de basquetebol e construímos uma equipa de desporto adaptado.
Mas também “combatemos” com balas de tinta; rolamos vertiginosamente sobre o asfalto; descemos de rafting, no rio Minho; lançamos o projecto fotográfico “Uma Viagem por Vieira do Minho”, que vai possibilitar uma viagem física e afectiva, através de registos fotográficos de actividades presentes em vinte e uma comunidades do nosso concelho, e até internacionais portugueses nas camadas jovens deram uns toques na bola, nos torneios de street football. Eu percebo-os: a vida também é feita de pequenos, mas maravilhosos momentos.
De realçar, ainda, a parceria responsável e de inquestionável valor criada com a Escola B/S Vieira de Araújo. Duas escolas de cidadania activa deram as mãos, dando início, em conjunto, a um trabalho profícuo.
As nossas bandeiras - Cidadania, Igualdade e Cultura - são içadas, de forma constante.
Crescemos, acima de tudo, como homens! Com o associativismo, abrimos portas, expandimos horizontes, partilhamos novas experiências, enriquecemos os nossos conhecimentos, construímos e fortificamos amizades.
Se alguém me dissesse que, no ano de 2016, a Associação atingiria a barreira dos 750 sócios, ultrapassasse as 90 iniciativas, e que conquistaria o Troféu Desportivo “O Minhoto”, na categoria Clube Ligação Desporto/Cultura, eu diria: “Não estás bem lúcido!”.
Foi a humildade que potenciou as vitórias, comprovando que grandes obras também podem, e devem, ser assinadas por grandes jovens.
O que será do CAVA daqui a 10 anos? Vamos continuar a promover novas e melhores iniciativas, com a força e dinamismo que nos caracteriza. Em relação às inúmeras barreiras, Nietzsche já dissera que, “Tudo o que não nos destrói, torna-nos mais fortes”, e nós partilhamos desta visão, desta forma de estar.

Comentário político na "Rádio Alto Ave", e jornais "Geresão" e "Notícias de Vieira".