Vida nova para Rui Vitória. Registo uma evidência: os
poderes da luz não têm, definitivamente, ligações ao mundo da bola. Luís Filipe
Vieira ainda me fez duvidar sobre esta ligação, mas, em Portimão, tudo ficou
claro... até o mancar de Jackson Martínez.
Mourinho não vem. Óptimo! Ia custar-me ver Silvino sentado
no banco do Benfica. Já a ele, não lhe iria custar, porque é o tal que chegou a
ser suplente de um cantor.
Como curiosidade, registo a sincronia entre Benfica e
Vieira Sport Clube em várias vitórias, e, agora, também na hora da mudança de
treinadores.
Deixem-me voltar a 2018, para partilhar algumas das minhas
leituras. Comecei o ano com José Saramago - “As Intermitências da Morte”;
depois Pamuk, Naipaul, Ian McEwan, Rachel Kushner. Foram belas leituras,
mas não entram no pódio. A nota máxima vai para “Agarra o Dia”, de Saul Bellow, com um final memorável,
escrito por este grande génio; “Um Cavalo Entra num Bar”, de David Grossman, onde a tragédia e o humor
dão as mãos, e “Reservatório 13”, de Jon
McGregor, sobre o ritmo da vida.
No meu quarto, tenho 104 livros, nas prateleiras. Podiam
estar noutro sítio. Encaixotados. Mas, antes de adormecer, quero vê-los. Ver a
lombada daqueles que ainda vou ler. Recordar o que li. Recordar a emoção, no
aeroporto de Frankfurt, quando
terminei a leitura de “A Estrada”, de Cormac
McCarthy. O meu favorito é “Ensaio sobre a Cegueira”, de Saramago.
Adiante. Marcelo não me ligou! E, agora, temos uma guerra
nas manhãs.
Manuel Luís Goucha recebeu, no seu programa, o nazi Mário
Machado. Várias vezes condenado e preso por diversos crimes, é o líder do
movimento Nova Ordem Social.
Os movimentos de extrema-direita estão a crescer de forma
preocupante e o melhor é ajudá-los no seu fortalecimento. Boa, Goucha! Com
bigode e com o apoio da Teresa Guilherme, o apresentador pode ser um bom
candidato.
Um ponto importante: uma coisa é ouvir todas as partes,
outra coisa é dar palco a um convidado, sem estar preparado para o confrontar
com contradições. Não pode valer tudo, numa guerra de audiências!
Sabem onde continua tudo na mesma? Na Rússia e na
Venezuela.
Na recta final do ano passado, ocorreu o tradicional jogo
de hóquei no gelo, na Praça Vermelha, em Moscovo. A equipa de Putin ganhou. Nem os 5 golos do
presidente constituem surpresa.
A Venezuela mantém uma grave situação de pobreza e medo. Um
país que está à beira do colapso. Nicolás
Maduro vive num mundo à parte. A riqueza petrolífera de um país não vale
nada, quando estão energúmenos à sua frente.
Já tenho vontade de voltar ao novo presidente do Brasil,
mas, por agora, não!
Comentário na Rádio Alto Ave e Geresão (14/01/2019).