segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

BALANÇOS DO ANO VELHO... E AS PRIMEIRAS CONTRADIÇÕES DO ANO NOVO!

            Ano novo, vida nova? Só para alguns. Pois, para outros, continua tudo na mesma.
Vida nova para Rui Vitória. Registo uma evidência: os poderes da luz não têm, definitivamente, ligações ao mundo da bola. Luís Filipe Vieira ainda me fez duvidar sobre esta ligação, mas, em Portimão, tudo ficou claro... até o mancar de Jackson Martínez.
Mourinho não vem. Óptimo! Ia custar-me ver Silvino sentado no banco do Benfica. Já a ele, não lhe iria custar, porque é o tal que chegou a ser suplente de um cantor.
Como curiosidade, registo a sincronia entre Benfica e Vieira Sport Clube em várias vitórias, e, agora, também na hora da mudança de treinadores.
Deixem-me voltar a 2018, para partilhar algumas das minhas leituras. Comecei o ano com José Saramago - “As Intermitências da Morte”; depois Pamuk, Naipaul, Ian McEwan, Rachel Kushner. Foram belas leituras, mas não entram no pódio. A nota máxima vai para “Agarra o Dia”, de Saul Bellow, com um final memorável, escrito por este grande génio; “Um Cavalo Entra num Bar”, de David Grossman, onde a tragédia e o humor dão as mãos, e “Reservatório 13”, de Jon McGregor, sobre o ritmo da vida.
No meu quarto, tenho 104 livros, nas prateleiras. Podiam estar noutro sítio. Encaixotados. Mas, antes de adormecer, quero vê-los. Ver a lombada daqueles que ainda vou ler. Recordar o que li. Recordar a emoção, no aeroporto de Frankfurt, quando terminei a leitura de “A Estrada”, de Cormac McCarthy. O meu favorito é “Ensaio sobre a Cegueira”, de Saramago.
Adiante. Marcelo não me ligou! E, agora, temos uma guerra nas manhãs.
Manuel Luís Goucha recebeu, no seu programa, o nazi Mário Machado. Várias vezes condenado e preso por diversos crimes, é o líder do movimento Nova Ordem Social.
Os movimentos de extrema-direita estão a crescer de forma preocupante e o melhor é ajudá-los no seu fortalecimento. Boa, Goucha! Com bigode e com o apoio da Teresa Guilherme, o apresentador pode ser um bom candidato.
Um ponto importante: uma coisa é ouvir todas as partes, outra coisa é dar palco a um convidado, sem estar preparado para o confrontar com contradições. Não pode valer tudo, numa guerra de audiências!
Sabem onde continua tudo na mesma? Na Rússia e na Venezuela.
Na recta final do ano passado, ocorreu o tradicional jogo de hóquei no gelo, na Praça Vermelha, em Moscovo. A equipa de Putin ganhou. Nem os 5 golos do presidente constituem surpresa.
A Venezuela mantém uma grave situação de pobreza e medo. Um país que está à beira do colapso. Nicolás Maduro vive num mundo à parte. A riqueza petrolífera de um país não vale nada, quando estão energúmenos à sua frente.
Já tenho vontade de voltar ao novo presidente do Brasil, mas, por agora, não!

Comentário na Rádio Alto Ave e Geresão (14/01/2019).