As últimas semanas de
2018 estão a ser delirantes!
Tudo começa nos últimos
dias de Outubro: a deputada Isabel Moreira foi apanhada a pintar as unhas, no
Parlamento. Podem-lhe acusar de tudo, até na escolha infeliz da cor, mas que
foi original, lá isso foi. Aliás, tendo em conta as intervenções com pouca
substância que, por vezes, surgem na Casa da Democracia Portuguesa, uma
pincelada nas unhas pode ser a melhor resposta.
Bem pior: alguns
deputados têm esquemas para ganhar mais dinheiro, levando-os, por exemplo, a
presenças-fantasma e à falsificação de moradas. Vergonha! Comportamento
miserável de alguns dos nossos representantes, na Assembleia da República.
Uma nota surpreendente:
Alberto João Jardim disse que “Rio deve viabilizar Governo de Costa, se for o
preço a pagar para reformar o país.” Jardim é um homem de Estado? Alguns dirão
que é uma questão de bom senso, enquanto outros dirão, categoricamente, que
perdeu o juízo. Uma boa reflexão para termos antes de engolir as uvas passas.
Mudo de direcção! É
penálti sobre Rochinha!
As exibições e os
resultados do Benfica foram desastrosos, e o seu presidente, Luís Filipe
Vieira, segura Rui Vitória, justificando-se da seguinte forma: “Foi uma luz que me deu.” Boa!
Temos,
na frase do presidente do Benfica, conteúdo para analisar, durante meses. Os
poderes da luz são evidentes, mas nunca pensei que tivessem ligações ao mundo
da bola. O desespero leva-nos a afirmações engraçadas, largamente desprovidas
de sentido, e aproxima-nos do abismo. A sorte é que estamos perto do Natal, e a
sua brilhante iluminação ofusca outras luzes.
Avanço! Repito: é
penálti sobre Rochinha!
Uma das notícias
magníficas foi saber que o cantor romântico Marante já brilhou no futebol,
destacando-se no Sport Comércio e Salgueiros. Quem diria que a distância do
Estádio Engenheiro Vidal Pinheiro para os bailes fosse tão curta.
Obrigatoriamente, vou
recuar no tempo. No dia 23 de Dezembro de 1993, fiquei em casa. Era
quinta-feira. Após eliminar Lordelo, Paredes, Tondela e Lanheses, tinha chegado
a hora de o Vieira Sport Clube enfrentar o Salgueiros, na quinta eliminatória
da Taça de Portugal. O jogo decorreu no Estádio 1.º de Maio, em Braga. O “meu”
Vieira enviou quatro bolas ao poste, mas só é golo quando a bola transpõe,
totalmente, a linha de baliza, entre os postes e por baixo da barra. Resultado:
Vieira-Salgueiros, 0-3.
A esta hora, e depois
de ler o meu comentário, Rui Miguel Tovar, conhecedor profundo da história do
futebol, começa a cobiçar os meus dados. Dirijo-lhe uma pergunta: quem marcou o
terceiro golo do Salgueiros? Pistas: o jogador em causa foi transferido, na
época seguinte, para o Sporting e terminou a
carreira no Boavista. Se acertar na resposta, as Couves com Feijões ficam por
minha conta.
Golias derrotou David.
Eu tinha 9 anos.
Comentário na Rádio Alto Ave e Geresão (16/12/2018).