quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

AS ÚLTIMAS PERIPÉCIAS DE 2018 COM LIGAÇÃO AO VIEIRA SPORT CLUBE


As últimas semanas de 2018 estão a ser delirantes!
Tudo começa nos últimos dias de Outubro: a deputada Isabel Moreira foi apanhada a pintar as unhas, no Parlamento. Podem-lhe acusar de tudo, até na escolha infeliz da cor, mas que foi original, lá isso foi. Aliás, tendo em conta as intervenções com pouca substância que, por vezes, surgem na Casa da Democracia Portuguesa, uma pincelada nas unhas pode ser a melhor resposta.
Bem pior: alguns deputados têm esquemas para ganhar mais dinheiro, levando-os, por exemplo, a presenças-fantasma e à falsificação de moradas. Vergonha! Comportamento miserável de alguns dos nossos representantes, na Assembleia da República. 
Uma nota surpreendente: Alberto João Jardim disse que “Rio deve viabilizar Governo de Costa, se for o preço a pagar para reformar o país.” Jardim é um homem de Estado? Alguns dirão que é uma questão de bom senso, enquanto outros dirão, categoricamente, que perdeu o juízo. Uma boa reflexão para termos antes de engolir as uvas passas.
Mudo de direcção! É penálti sobre Rochinha!
As exibições e os resultados do Benfica foram desastrosos, e o seu presidente, Luís Filipe Vieira, segura Rui Vitória, justificando-se da seguinte forma: “Foi uma luz que me deu.” Boa!
Temos, na frase do presidente do Benfica, conteúdo para analisar, durante meses. Os poderes da luz são evidentes, mas nunca pensei que tivessem ligações ao mundo da bola. O desespero leva-nos a afirmações engraçadas, largamente desprovidas de sentido, e aproxima-nos do abismo. A sorte é que estamos perto do Natal, e a sua brilhante iluminação ofusca outras luzes.
Avanço! Repito: é penálti sobre Rochinha!
Uma das notícias magníficas foi saber que o cantor romântico Marante já brilhou no futebol, destacando-se no Sport Comércio e Salgueiros. Quem diria que a distância do Estádio Engenheiro Vidal Pinheiro para os bailes fosse tão curta.
Obrigatoriamente, vou recuar no tempo. No dia 23 de Dezembro de 1993, fiquei em casa. Era quinta-feira. Após eliminar Lordelo, Paredes, Tondela e Lanheses, tinha chegado a hora de o Vieira Sport Clube enfrentar o Salgueiros, na quinta eliminatória da Taça de Portugal. O jogo decorreu no Estádio 1.º de Maio, em Braga. O “meu” Vieira enviou quatro bolas ao poste, mas só é golo quando a bola transpõe, totalmente, a linha de baliza, entre os postes e por baixo da barra. Resultado: Vieira-Salgueiros, 0-3.
A esta hora, e depois de ler o meu comentário, Rui Miguel Tovar, conhecedor profundo da história do futebol, começa a cobiçar os meus dados. Dirijo-lhe uma pergunta: quem marcou o terceiro golo do Salgueiros? Pistas: o jogador em causa foi transferido, na época seguinte, para o Sporting e terminou a carreira no Boavista. Se acertar na resposta, as Couves com Feijões ficam por minha conta.
Golias derrotou David. Eu tinha 9 anos.

Comentário na Rádio Alto Ave e Geresão (16/12/2018).