O mundo perdeu o maior
símbolo da luta pela liberdade, igualdade, justiça e democracia. Partiu o
último herói do século XX, mas ficará guardado, na nossa história, como um dos
homens mais extraordinários.
A obra de Nelson Mandela é
um exemplo para o mundo. Milhões de pessoas inspiram-se no homem que foi sempre
fiel aos seus princípios, que nunca desistiu de lutar contra um violento regime
racista e que teve coragem para perdoar quem o condenou.
Saiu da prisão com 72 anos,
mas ainda tinha a força de um jovem. Força para mostrar que a caminhada, para
uma nação livre, pode ser longa, no entanto, nunca é tarde para a
“terminar”…
“O estadista mais amado” do
mundo, como apontou o “The New York Times”,
marcou a história sul-africana com uma liderança política perseverante, tendo
tido a capacidade de unir uma nação destroçada pelo ódio racial. O râguebi foi
uma das suas armas, mostrando que o sol, quando nasce, é mesmo para todos.
Um líder carismático e
inclusivo, nunca sectário, que sonhava construir a “nação arco-íris”. O país
perdeu brilho, mas o seu sorriso fascinante vai permanecer eterno.
Mandela é a prova de que a
humildade e simplicidade podem levar qualquer homem a conquistar os seus
sonhos, num mundo que é, cada vez mais, arrogante e hipócrita.
Deixou-nos inúmeras frases
marcantes, frases que inspiram, sobretudo, activistas dos direitos humanos. O
seu legado não pode desaparecer. O mundo e, nomeadamente, os sul-africanos têm
de continuar a sua caminhada…
Mandela foi mesmo um herói,
um herói de carne e osso, capaz de emocionar a humanidade, ao dizer que, “Os
verdadeiros líderes devem estar prontos a sacrificar tudo pela liberdade do seu
povo”.
Palavras para quê?
Obrigado, Madiba!
Comentário político na "Rádio Alto Ave" e jornal "Geresão" (09/12/2013).