SUCESSO TURÍSTICO DE CABRIL

O SUCESSO TURÍSTICO DE CABRIL

Uma das minhas paixões é o ciclismo. Pedalar leva-me a lugares impressionantes pela 𝗯𝗲𝗹𝗲𝘇𝗮 𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 e ajuda a absorver o que de melhor se faz pelas terras vizinhas ao nosso concelho. 𝗖𝗮𝗯𝗿𝗶𝗹, freguesia do concelho de Montalegre, com quem partilhamos uma longa fronteira, foi um exemplo daquilo que falo.

Com uma forte ligação às freguesias de 𝗟𝗼𝘂𝗿𝗲𝗱𝗼, 𝗦𝗮𝗹𝗮𝗺𝗼𝗻𝗱𝗲 e 𝗥𝘂𝗶𝘃𝗮̃𝗲𝘀, pela proximidade geográfica, mas também pela 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗹𝗵𝗮 𝗱𝗲 𝘃𝗶𝘃𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮𝘀 𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗱𝗶𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀, Cabril tem vindo a desenvolver-se a olhos vistos no que ao Turismo diz respeito.

Numa das minhas passagens pela freguesia, parei para apreciar a arte das várias paragens que me surgiram no caminho. Este foi um projeto que visou 𝗲𝗺𝗯𝗲𝗹𝗲𝘇𝗮𝗿 𝗼𝘀 𝗮𝗽𝗲𝗮𝗱𝗲𝗶𝗿𝗼𝘀 𝗮𝗯𝗮𝗻𝗱𝗼𝗻𝗮𝗱𝗼𝘀 dos vários lugares, com o cunho de oito artistas diferentes, enaltecendo a tradição e os costumes transmontanos de Cabril.

Esta iniciativa soma-se às 𝗲𝘀𝘁𝗿𝘂𝘁𝘂𝗿𝗮𝘀 𝗺𝗲𝘁𝗮́𝗹𝗶𝗰𝗮𝘀 representativas da 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗰𝗮𝗯𝗿𝗶𝗹𝗲𝗻𝘀𝗲, que podem ser apreciadas nos vários lugares, com panos de fundo que nos mostram belíssimas paisagens.

Já no próximo fim de semana, a freguesia de Cabril, mas mais propriamente, a aldeia de Fafião, recebe o Festival Aldeia de Lobos, num evento que reúne atividades que promovem sinergias entre a 𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗲𝘇𝗮 e as várias formas de arte, com 𝗲𝘀𝗽𝗲𝘁𝗮́𝗰𝘂𝗹𝗼𝘀 𝗺𝘂𝘀𝗶𝗰𝗮𝗶𝘀 𝗲 𝘁𝗲𝗮𝘁𝗿𝗮𝗶𝘀, 𝗲𝘅𝗽𝗼𝘀𝗶𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗽𝗶𝗻𝘁𝘂𝗿𝗮, 𝗳𝗼𝘁𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮 ou 𝗲𝘀𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮. Esta é uma iniciativa que atrai forasteiros de todos os pontos do país, pela diferenciação assente na 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗼𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗿𝗲𝗴𝗶𝗮̃𝗼.

Cabril aposta na sua história e nas suas tradições para se promover e 𝗮𝘁𝗿𝗮𝗶𝗿 𝗻𝗼𝘃𝗮𝘀 𝗴𝗲𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗮̀ 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮. As nossas freguesias do Norte partilham destes costumes e desta identidade, conjugando o 𝗽𝗲𝗿𝗳𝗶𝗹 𝗺𝗶𝗻𝗵𝗼𝘁𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝗼𝘀 𝘁𝗿𝗮𝗰̧𝗼𝘀 𝘁𝗿𝗮𝗻𝘀𝗺𝗼𝗻𝘁𝗮𝗻𝗼𝘀, no entanto, cabe ao Município de Vieira do Minho apoiar iniciativas que nos promovam nesse sentido.

A aposta no Turismo não pode passar apenas por ceder alojamento a quem vem visitar os nossos vizinhos. É preciso olhar para as comunidades e perceber onde está 𝗮 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗮 𝗺𝗮𝗿𝗰𝗮, onde está a característica que nos distingue e, daí, 𝗮𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝗿 𝗻𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗳𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼. É preciso que as pessoas 𝘃𝗲𝗻𝗵𝗮𝗺 𝗮 𝗩𝗶𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗼 𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘃𝗶𝘀𝗶𝘁𝗮𝗿 𝗩𝗶𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗼 𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼 e encontrar, nessa visita, a 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗮 𝗵𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮, a 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗮 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲.

Um claro exemplo da diferença de ação entre os dois municípios de Montalegre e Vieira do Minho reside numa 𝗽𝗲𝗰̧𝗮 𝗵𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗰𝗮 𝗲 𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 𝗳𝘂𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗹 que pertence aos dois territórios. Falo da Ponte da Misarela, que marca a fronteira entre o concelho de Vieira do Minho, na freguesia de Ruivães, e o concelho de Montalegre, na freguesia de Ferral. Já abordei este assunto noutras ocasiões, mas é notório o 𝗮𝗯𝗮𝗻𝗱𝗼𝗻𝗼 𝗱𝗼 𝗹𝗮𝗱𝗼 𝘃𝗶𝗲𝗶𝗿𝗲𝗻𝘀𝗲 𝗱𝗮 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗮 𝗣𝗼𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗠𝗶𝘀𝗮𝗿𝗲𝗹𝗮, desde a candidatura às 7 Maravilhas da Cultura Popular executada em 𝗲𝘅𝗰𝗹𝘂𝘀𝗶𝘃𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗽𝗲𝗹𝗼 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶́𝗽𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗠𝗼𝗻𝘁𝗮𝗹𝗲𝗴𝗿𝗲, à celebração anual das lendas da Misarela, que apenas tem lugar no lado montalegrense da ponte e que, este ano, aconteceu no primeiro dia do mês de julho.

O 𝗣𝗹𝗮𝗻𝗼 𝗱𝗲 𝗥𝗲𝗰𝘂𝗽𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗥𝗲𝘀𝗶𝗹𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 trouxe oportunidades como nunca antes vistas. No eixo da 𝗥𝗲𝘀𝗶𝗹𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮, um dos três nos quais assenta todo plano, existe uma componente para a 𝗖𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮, onde se prevê a 𝘃𝗮𝗹𝗼𝗿𝗶𝘇𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗽𝗮𝘁𝗿𝗶𝗺𝗼́𝗻𝗶𝗼 𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 𝗲𝗻𝗾𝘂𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗳𝗮𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗲 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲, 𝗰𝗼𝗲𝘀𝗮̃𝗼 𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮𝗹, 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝗱𝗲𝘀𝗲𝗻𝘃𝗼𝗹𝘃𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝗲𝗱𝘂𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼, 𝘁𝘂𝗿𝗶𝘀𝗺𝗼 𝗲 𝗲𝗰𝗼𝗻𝗼𝗺𝗶𝗮. Cabe-nos saber aproveitar as oportunidades e valorizar o nosso território, o que não tem sido feito.

Vieira do Minho precisa de 𝗼𝗹𝗵𝗮𝗿 𝗮̀ 𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮 𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗲𝗿 𝗼 𝗺𝗲́𝗿𝗶𝘁𝗼 dos que fazem diferente, mas também 𝗯𝗲𝗯𝗲𝗿 𝗱𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 e aplicar no nosso desenvolvimento. Não podemos continuar à espera de ser banhados pelo sucesso dos municípios que nos rodeiam. 𝐓𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐫 𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐩𝐫𝐨́𝐩𝐫𝐢𝐨 𝐬𝐮𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨!